18/02/2010

Parem esse menino! (daí, parem o mundo)



Até os 6 anos, uma criança Vivera uma das fases mais complexas do desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, motor e social, que será tanto mais rica quanto mais FOREM Qualificadas como Condições Oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que cercam uma.



A escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, preparado, para acompanhar a criança nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento.



A criança está em constante movimento uma parte maior do tempo. Isso acontece porque ela usa. seu corpo para expressar pensamentos e emoções que ainda não consegue exprimir pela palavra. Movendo seu corpo, entende melhor muitas palavras e conceitos que são novos para ela. Por exemplo, se você começa a falar sobre aviões, a criança abre seus braços e "voa" em torno do espaço.A criança precisa Desenvolver uma coordenação entre os olhos e as mãos e a coordenação de movimentos finos, que permitirão o desenvolvimento de uma grande variedade de habilidades, incluindo a escrita, o desenho e a manipulação de pequenos objetos.











O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mimicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se ao conjunto das atividades da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressivas, instrumental ou de sustentação  aos gestos e posturas.








Ao brincar, jogar, Criar e imitar ritmos e movimentos,  a criança se apropria do repertório da cultura corporal na qual está inserida.




A diferenciação de papéis se faz presente sobretudo no faz-de-conta, quando as crianças brincam como se fossem o papai, a mamãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc, imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, o eu e os outros.

Criança precisa movimentar-se, descer e subir, correr e pular .As brincadeiras ajudam  e melhoram o equlibrio e a sustentação do corpo.
É portanto através da movimentação do corpo, enquanto brinca que, uma criança equilibra suas energias, aguça sua percepção do mundo, imita as funções dos adultos  com isso,absorve a idéia do caráter e adquiri uma personalidade estavél e atitudes moralmente corretas.
 As brincadeiras fazem parte do mundo da criança, sem distinção de sexo. O brincar, o movimentar-se, é um processo sadio onde se estimula e se exercita a inteligência na infância. Reforça ainda que o educador, seja ele o pai, professor ou outro adulto que faça parte do meio em que vive, a ajudará muito nesse processo se preservar os quatro grandes pilares do brincar. imitação, uma conduta moral, o espaço físico e a fantasia.

Se o movimento é uma via de descoberta da criança é necessário, que repensemos nossos métodos e a própria rotina da sala de aula que, na maior parte do tempo, o aluno precisa estar, parado, obedecendo ordens ou e apenas repetindo o que lhe è passado sem participar, sem decobrir, sem ser ele mesmo o autor dessa "aprendizagem", e com freqüência ouvindo frases como:

"Pára menino"
"fica quieto"
"Senta aqui"


o resultado do comportamento de uma criança que passa grande parte de seu tempo ", aguardando sua vez", esperando a hora da tarefa sentado na sala de aula em tempo ocioso, não será  outro a não ser, buscar alternativa para dar fim ao tédio que vai contra uma naturalidade de ser seu - Mexer-se!

Nossa alternativa é  fazer com que as atividades,sejam parte do aluno, para ele, através dele, se a gente pára uma criança, querendo que ela obedeça o tempo todo nossa "ordem" ou 'limite", a gente pára o mundo,
 é porque Movendo-se que o aluno muda o mundo ,muda e as coisas ao seu redor, é Movendo-se que ele aprende, e não apenas repete o que vê.




Vamos deixar o mundo girar!
Vamos deixar uma criança brincar, correr, descobrir, refazer, montar, remontar, tocar, sentir, rolar, jogar, experimentar, ouvir, falar!

2 comentários:

  1. Por Duglas Wekerlin Filho
    18 de outubro de 2004


    Temos visto atualmente cenas deprimentes em relação à vida dos jovens. Há a agressão, o uso de drogas. O divertimento é colocar o outro em risco ou se arriscar cada vez mais.

    Fala-se que a adolescência está terminando cada vez mais tarde, os jovens querem permanecer na casa dos seus pais, não querem trabalhar, querem ficar à mercê da vida. Para onde ela indicar, eles se jogam. Não pensam nas conseqüências de suas atitudes. Às vezes pagam com a mutilação do próprio corpo.

    Maturana (2004) no seu livro amar e brincar fundamenta a importância das emoções na vida do ser humano. Hoje o que mais se vê é o medo de demonstrar que é frágil, que chora ao ouvir uma canção que toca o coração e os tempos passados.

    Quantas vezes um abraço, na hora certa, produz um efeito acolhedor, faz-nos sentir o próprio coração, sentimos que estamos vivos, que fazemos parte da vida do nosso planeta.

    Quantas vezes ouvimos, também, dizer que homem não chora que tem de agüentar firme, que não se pode demonstrar fraqueza frente às situações que ocorrem diariamente. As mulheres podem chorar porque elas são diferentes, porque não são tão racionalistas quanto os homens, são mais emoção. Não há engano maior do que acreditar que as mulheres se deixam emocionar e que os homens não.

    O homem que não consegue se deixar emocionar ao ver uma tarde bonita com o sol demarcando as diferentes tonalidades das paisagens, com o voar dos pássaros, com uma bela cachoeira, com a lua, com as árvores cheias de flores, não pode ser um homem presente na vida do planeta.

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  2. Vemos cada vez mais a confusão que se estabelece nas escolas, professores e alunos perdidos, não sabem o que fazer. São vítimas do mesmo processo, estão reféns da sociedade, pois têm de dar conta do que lhes é solicitado.

    Vemos todos os dias alunos pedindo socorro, para que eles sejam salvos deles mesmos, pois não conseguem dar conta do que a vida lhes oferece para começar a caminhar. Os professores estão se entregando emocionalmente, pois estão cercados pelos alunos, pelos coordenadores, diretores e pais que cobram atitudes por parte deles, chegando ao extremo de perderem a sua dignidade quando são acometidos pela síndrome de Burnout.

    Basta conversar com os médicos do trabalho para constatarmos que os professores estão doentes do espírito, pois nunca foi tão difícil dar conta do que lhes é pedido. Os professores e alunos precisam ser aceitos, como qualquer ser humano.

    Se a escola está impregnada de regras, de restrições, de desamor, de aparências, de hipocrisia, de maldizer, de medo, como pode dar conta dos estudantes que a freqüentam?

    Tem de existir escolas que deixem seus alunos brincarem de verdade. Não usarem de termos mal colocados como aprender brincando ou coisa do gênero. Os alunos têm de saber o que é o emocionar, o que é o amar, o que é a ternura.

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